segunda-feira, 16 de março de 2009

Resenha do livro-A Arte de fazer um Jornal Diário





A leitura de “A Arte de fazer um Jornal Diário” é indispensável a qualquer estudante de jornalismo, o livro é daqueles que temos que manter sempre por perto para consultar no caso de qualquer “eventualidade”.
O jornalista Ricardo Noblat consegue manter durante todo o livro uma linguagem clara, simples e concisa, com uma certa dose de bom humor o que torna a leitura extremamente fácil e prazerosa.
O autor começa o livro, dando um panorama sobre o atual momento do jornal impresso, com estatísticas quanto ao número de vendas, anúncios e o quanto a Internet tem “tomado” o espaço dos jornais.
O livro aborda temas como valores jornalísticos, ensina a como capturar e farejar fatos, a melhor forma de se fazer uma entrevista, estabelecer contato com fontes e com o público em geral. O autor revela os riscos da profissão, riscos com o ego, com as matérias mal feitas, mal escritas, sempre com exemplos e comentários pessoais entre os textos, o que o torna mais atraente e de fácil compreensão.
Um dos pontos autos do livro é quando o autor fala sobre a reportagem escrita sobre Frei Damião de Bozzano, a primeira em 1974 que fala sobre do frade que atraía multidões de fiéis no Nordeste do Brasil e a segunda em 1997 que descreve o primeiro dia do velório do frade. O autor destaca também a saga do jornal Correio Braziliense ao passar por sua bem sucedida reforma editorial no ano de 2000.
O livro é sem dúvida um manual prático a ser apreciado e se possível decorado por todos os apaixonados pela arte de informar.
Termino com um trecho tirado do início do livro, onde o autor Gabriel Garcia Márquez comenta sobre o Alucinado ofício de ser Jornalista.”“.


“Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por uma confrontação descarnada com a realidade. Ninguém que não a atenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida. Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de Ada notícia como se fora para sempre, mas que não permite em instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”.

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