sábado, 14 de março de 2009

Ser mulher...







E chega mais um 08 de março, “Dia Internacional da Mulher”. É a época dos botões de rosa, a caixa de e-mails costuma ficar lotada com aqueles belos poemas escritos com letras garrafais. É a semana dos especiais de rádio e TV enaltecendo a figura feminina, suas conquistas, sua independência, sua beleza, sua música, sua arte, seu charme, sua força e sensibilidade.
E que me perdoem as feministas, mas eu adoro!
Adoro ser lembrada, receber elogios, mesmo os mais piegas.
Por vezes não entendo o movimento feminista.
Acho que deveríamos sim lutar pelos direitos da mulher, mas não pela igualdade entre os sexos, não sou igual ao um homem, não penso, nem sinto como um, somos diferentes e por isso temos necessidades diferentes.
É óbvio que o histórico de lutas contra tudo o que afligiu as mulheres durante os séculos deva sempre ser lembrado, para que não haja o risco de se repetir os mesmos erros. Temos sim que lutar contra todo o tipo de abuso, de preconceito, mas sem nos esquecermos de que são as nossas diferenças que nos fazem assim, especiais. Cada uma ao seu jeito, a sua forma, mas todas mulheres, mesmo que isso signifique para algumas tirar o sutiã por dinheiro e não por ideologia.
Particularmente não saberia viver sem um cafuné, sem ser protegida, mesmo que da chuva ou do frio. Ainda não consigo abrir a porta do carro para um homem, espero que ele o faça. Sonho com um grande amor, bem grande e bem inefável, que seja mortal e que desperte a chama do infinito, uma grande história, alguém que me torne à vida mais “cor-de-rosa”, que me faça levitar, um companheiro para roçar os pés durante a noite, dormir de conchinha, me levar um bom café na cama, me chamar de meu bem, meu anjo, minha pequena.
Mas devo confessar que também não consigo viver sem o meu trabalho, a profissão que escolhi, a minha liberdade, minhas viagens, meus amigos, meu direito adquirido de ir e vir.
Sinto que essa tenha sido a maior, a menos perceptível de nossas conquistas, essa mutação constante entre mente e coração, razão e emoção. O passar do tempo nos deu novas possibilidades, abriu novos caminhos, aumentou o nosso terreno, nosso campo de atuação, mas também nosso coração, a nossa capacidade de amar, de se dividir em duas, três, ou quantas mais forem necessário.
Por isso proponho um brinde!
Um brinde ás mulheres, aos homens que sabem nos apreciar e valorizar verdadeiramente e também aos que de tanto apreciar querem ser uma.
Proponho um brinde à alma feminina, à alma guerreira, que ama seus filhos, seu homem, ou sua mulher, todas que como já dizia a música “prometem amar todos que cruzarem por seus caminhos”, que amam as suas carreiras, seus projetos, suas vidas, proponho um brinde à quem acredita, a quem se respeita e acima de tudo a quem se ama.

(Texto dedicado às mulheres da minha vida)
Edmaura

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